Simão Pedro, natural de Betsaida, apóstolo de Cristo, pescador no lago da Galiléia, na cidade de Cafarnaum. Fez parte, poderíamos dizer, de um grupo previlegiado dos discípulos, junto com João e Tiago.

Depois da morte de Cristo, deu um sinal muito importante à Igreja nascente, batizando um pagão, Cornélio. Em seguida, durante cerca de 30 anos, foi bispo de Antioquia.

Terminou seus dias em Roma. A tradição diz que morreu, entre os anos 64 e 67, durante a perseguição do imperador Nero contra os cristãos.

A tradição diz que Pedro foi preso, juntamente com Paulo, em Roma, na prisão Mamertina, onde hoje existe a Igreja “San Pietro in Carcere”. Tendo batizado os guardas, foram liberados por eles. Pedro foi então na direção da Via Appia. Enquanto fugia, a tradição diz que Jesus lhe apareceu e lhe disse de regressar à cidade para morrer como mártir. Fontes antigas (Gerônimo, Tertuliano, Eusébio e Origem) dizem que, depois de ser novamente capturado pelos soldados romanos, foi crucificado, de cabeça para baixo, sob seu pedido, pois não julgava digno de morrer como Cristo.

Nossas fontes sobre o apóstolo são os Evangelhos e Atos dos Apóstolos. Há também, entre os escritos do Novo Testamento, duas cartas atribuídas a ele, embora a autoria seja discutida. Essas cartas, todavia, não trazem indicações biográficas sobre Pedro.

Existem, invés, muitos apócrifos atribuídos a Simão Pedro ou que tratam dele: Evangelho de Pedro, Pregação de Pedro, Atos de Pedro, Atos de Pedro e André, Atos de Pedro e dos Doze, Atos de Pedro e Paulo, Carta de Pedro a Felipe, Carta de Pedro a Tiago maior, Apocalipse de Pedro. Esses escritos contém detalhes sobre a biografia do apóstolo, mas muitos elementos são legendários e não podemos considerá-los verdadeiras fontes históricas, embora seja possível que se apoiam sobre alguns tópicos historicamente fundados